Introdução: Com o avanço das infraestruturas de redes e popularização em massa da internet de alta velocidade, emerge um avanço relacionado à utilização da internet para deixar máquinas e objetos inteligentes capazes de comunicarem-se de forma autônoma. Esta possibilidade permite que conteúdos e serviços estejam em torno das pessoas, sempre disponíveis, facilitando a comunicação e abrindo o caminho para novas aplicações, fazendo com que um novo padrão de vida e de trabalho seja desenvolvido. Este novo padrão torna-se possível através dos avanços das Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC’s até uma nova concepção definida como Internet of Things – IoT. Entretanto, com uma variada coleta de dados e informações, para variados fins, no cotidiano das pessoas e das organizações, a coleta autônoma dos dados e das informações torna a privacidade um dos principais desafios em relação à IoT.
Objetivo: Investigar os aspectos que determinam a ação dos usuários de tecnologias da Internet das Coisas ao fornecerem informações pessoais em ambientes inteligentes.
Metodologia: A pesquisa caracterizou-se como positivista, de natureza quantitativa, do tipo exploratória e descritiva, sua implementação aconteceu por meio da estratégia de pesquisa de campo, tendo como instrumento de coleta de dados um questionário autoaplicável, que foi disponibilizado para respondentes em território brasileiro, com uma amostra composta por 228 respondentes, numa distribuição de 41,92% de entrevistados do gênero feminino e 57,64% de entrevistados do gênero masculino. Adotou-se na análise dos dados coletados uma linha quantitativa baseada em técnicas estatísticas, em que buscou-se cruzar os dados a fim de alcançar o objetivo da pesquisa
Discussões e Resultados: Os principais resultados encontrados dentre os aspectos determinantes para o fornecimento de informações pessoais em ambientes inteligentes, destaca-se o ambiente de uso, apresentado como aspecto que contempla continuamente os outros, por ser capaz de influenciar a disponibilização de informações no ambiente inteligente, como também a maneira como os outros aspectos são percebidos pelos usuários. A transposição de confiança, observando quando o usuário transpõe para a empresa responsável pelo dispositivo e/ou pela plataforma ao qual está conectado a sua confiança e subsequente responsabilidade em salvaguardar a privacidade do usuário. O volume de informação consentida, que diz respeito à relação entre a quantidade de informação a ser disponibilizada e a facilidade de uso do dispositivo utilizado. E a simplificação dos critérios, caracterizado pelo comportamento do usuário de tender sempre a escolhas menos complexas, simplificando sempre que possível seus critérios de segurança para disponibilizar informação.
Conclusões: Dentre as principais conclusões decorrentes da pesquisa, intuiu-se que o ambiente de uso se configura como um aspecto determinante ao fornecimento de informação ao ambiente inteligente de maior influência entre os outros aspectos encontrados. Foi percebido que os usuários tendem a dedicar considerável atenção a segurança e a privacidade das informações que possuem, disponibilizando-as com ressalvas e cuidados. Contudo por vezes, transferem a responsabilidade pela segurança das informações para terceiros, buscando reduzir ao máximo o número de critérios a serem analisados antes de tomar a decisão de disponibilizar seus dados.
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Jair Esquiaqui-Buelvas
Comentó el 11/12/2020 a las 12:42:59
Prezados Carlos e Jefferson,
Muito interessante a sua pesquisa sobre internet das coisas e o fornecimento de dados no Brasil. Aqui na Europa, a lei de proteção de dados é particularmente forte e as empresas tem que cumprir os requerimentos da lei antes de solicitar informação pessoal dos usuários... mas, como colombiano, sei que na América Latina a gente está mais "exposta" ao fornecimento de informação quase sem proteção nenhuma. Qual consideram vocês devem ser as "chaves" para a proteção dos dados pessoais num contexto cada vez mais digitalizado? Estamos condenados a "ceder" a nossa informação pessoal para nos beneficiar do internet das coisas, das comodidades que nos oferece o futuro? O que vocês acham?
Cumprimentos.
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Carlos Cesar Santos
Comentó el 11/12/2020 a las 16:18:11
Prezado Jair, muito bem colocado, as leis de proteção de dados na America Latina ainda precisam avançar em pontos sensíveis, acredito também que junto as leis, é necessário educar as pessoas em relação ao que pode ser feito com seus dados, mesmo as leis existentes hoje são definidas buscando o consentimento do usuário a respeito da coleta dos dados, mas a maior parte da população não tem conhecimento a respeito do que pode ser feito a partir do dado que está sendo coletado.
Acredito que o futuro vai nos levar para dados mais anonimizados e processamento de dados local, pois para fazer com que a utilização da internet das coisas se torne uma realidade para a maior parte da população, ela precisa inspirar confiança na população que já desperta para questões voltadas a sua privacidade. Creio que apenas dessa maneira teremos um futuro mais solido sem precisar ceder nossa vida privada.
Foi um prazer Jair, espero poder conhecer a Colombia em breve, meus cumprimentos.
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Gladys Arlette Corona-León
Comentó el 11/12/2020 a las 01:57:20
Estimados Carlos y Jefferson, les agradecemos mucho el envío de su comunicación, es muy interesante conocer lo que se está investigando en Brasil en cuanto a IoT, muchas gracias por compartirnos su estudio y conclusiones, saludos desde España.
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Carlos Cesar Santos
Comentó el 11/12/2020 a las 10:24:14
Gracias por tus palabras es muy bueno tener la oportunidad de compartir conocimientos. Saludos desde Brasil.
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Gladys Arlette Corona-León
Comentó el 11/12/2020 a las 12:25:51
Muchas gracias, Carlos, saludos.
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