CÓD.N03-S03-03 ONLINE

A relação entre a prevalência de doenças crónicas não transmissíveis e o perfil sociodemográfico em pessoas idosas

A mudança do perfil demográfico no mundo globalizado impulsionou a necessidade de entender o processo de envelhecimento, tornando-se este um verdadeiro desafio para o mundo contemporâneo.

O processo de envelhecimento é seguramente multifatorial e refere-se ao conjunto de alterações inevitáveis e irreversíveis que se acontecem na pessoa, no último período do seu ciclo vital. Assim sendo, percebe-se que existem muitas formas de envelhecer e que, em muitas circunstâncias, este processo está carregado de estereótipos e lugares comuns que nem sempre coincidem com a realidade. Cada pessoa envelhece de acordo com as suas características biológicas, o seu contexto familiar e social, a retaguarda que lhe é oferecida, a forma como enfrenta as dificuldades, etc.

Com o intuito de gerar implicações positivas para aprimorar o atendimento dos idosos, parcela da população que não para de crescer, utilizando o perfil sociodemográfico e clínico desses pacientes, parte-se do princípio de que todo o ser humano tem características próprias e só o estudo pormenorizado desses indicadores podem ajudar a melhorar a respetiva qualidade de vida.

Este trabalho tem como objetivo analisar a prevalência de doenças crónicas não transmissíveis (DCNT) nos idosos, bem como analisar a sua associação com os fatores sociodemográficos. Em termos metodológicos, recorreu-se a uma abordagem quantitativa e a um desenho não experimental transversal e observacional, pelo que os dados foram recolhidos num único momento. A população é constituída por uma amostra não probabilística por conveniência, composta por 34 idosos, com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os géneros, residentes no município de São Luís, Maranhão (MA), que frequentavam o grupo de idosos do Centro Especializado em Reabilitação de Idosos. Para o levantamento do perfil sociodemográfico e análise do estilo de vida, foi aplicado um questionário semiestruturado com múltiplas questões entre as quais perguntas sobre o perfil sociodemográfico.

Os dados foram analisados pelo programa estatístico SPSS (versão 18.0). Quanto aos resultados, verificou-se que a maior prevalência de DCNT aconteceram entre os idosos do sexo feminino (79,41%), que se encontravam na faixa etária entre 60 e 65 anos, enquanto que os do sexo masculino, estavam entre 66 e 70 anos de idade. A média geral de idade dos participantes, independentemente do género, foi de 67,09 anos, tendo o mais novo 60 anos e o mais velho 78 anos.  Foi prevalente a cor de pele não branca (52,94%), casados (61,76%), oriundos da capital (41,18%) e que moravam com o máximo de três pessoas no seu domicílio (32,35%).  Dos idosos avaliados, 55,88% (n=19) apresentaram pelo menos uma DCNT e o número médio de patologias foi de 2,0±1,4, não havendo diferenças estatisticamente significativas entre os géneros (p=0,935). Em relação às doenças crónicas não transmissíveis, a hipertensão foi a doença mais frequente na população em estudo, acometendo 51,61% dos idosos, em seguida a obesidade (29,03%) e por último a diabetes mellitus (19,35% %). Este estudo fornece evidências empíricas sobre aspetos demográficos e de saúde importantes para população idosa na atualidade. Os resultados indicam que as variáveis analisadas apresentam um alto percentual de idosos portadores de DCNT. Diante desta questão, ressalta-se a necessidade de constante monitoramento da situação de saúde de pessoas acima de 60 anos, com o intuito de melhorar o estado geral de saúde e redução na incidência de morbidades nessa faixa etária.

Palabras clave

doenças crónicas não-transmissíveis Envelhecimento Envelhecimento ativo Envelhecimento bem-sucedido Gerontologia

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SANDRA LÉA LIMA FONTINELE

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Hay 2 comentarios en esta ponencia

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      Luciola Marques

      Comentó el 10/12/2020 a las 17:45:49

      Olá Sandra, parabéns pelo trabalho desenvolvido, tão importante para o processo de envelhecimento saudável. Com relação ao estilo de vida dos idosos entrevistados, quais as categorias que surgiram com mais frequencia nos idosos portadores de hipertensão e obesidade? Obrigada, Lucíola Marques

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        SANDRA LÉA LIMA FONTINELE

        Comentó el 10/12/2020 a las 17:53:43

        Olá Lucíola!! Obrigada!!
        Todos os idosos que participaram da pesquisa faziam parte de um grupo de idosos que frequentavam um centro de reabilitação no Maranhão, portanto eles realizavam atividades físicas semanais, além de atividades com Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais.

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